segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Pinhão

Não merece um texto, merece um livro, quiçá "Pinhão para totós". Enquanto o futuro autor desse livro se encontra ocupado a tentar subornar o seu examinador de condução para obtenção da carta, contentemo-nos com um texto.
O Pinhão não é terra de ciclistas, é terra de gente boa que gosta de achincalhar os ciclistas porque realmente um homem que passa uma tarde a pedalar e com o rabo naquele coiso, chamemos-lhe banco, não poderá ostentar em maiúsculas o H inicial de "homem". Posto isto, até porque dizer "posto isto" tem sempre um aspecto estético aprazível e dá ar intlectual a blogues de segunda linha, há que afirmar o pinhão como terra de vinho. Portanto, terra de borracheiras. Ou seja, terra de muito riso. Concluímos então que o Pinhão é terra de alegria, distinguindo-se do panorama nacional. No Alentejo chora-se porque não se vende leite, em Lisboa chora-se porque o sacana do Santana Lopes não deixa ninguém dormir à noite, no Algarve chora-se porque os camones vieram com os bolsos mais vazios que o costume, no Porto chora-se porque este ano só o Di Maria chega para o Benfica ser campeão, nas ilhas chora-se porque Alberto João Jardim é um bocado chatinho e em Vila Real chora-se porque, segundo o cartaz de campanha de Manuel Martins, Vila Real é a capital da solidariedade e portanto há que ser solidário e chorar com o resto do país.
Agora que o leitor chora por estar farto destas 5 linhas que só falam em política há também que distinguir a capacidade caloteira dos habitantes pinhoenses do que daqueles que se limitam a dizer "Sou da terra do Cândido Barbosa". Falam eles no posto de calotes mas quanto dariam para ter caloteiros tão fiéis que ainda devem um par de sapatos e uma mala ainda com preço em escudos?

Nenhum comentário:

Postar um comentário