terça-feira, 28 de julho de 2009

“Estas preparada para dar o próximo passo da relação?”

Depois de meses de um amasso constante, tretas do “não me sinto preparada”, idas constantes do nosso mais que tudo ao WC enquanto esta com a sua mais que tudo, depois de prendinhas e chocolatinhos e mentiras do género “estas mais magra meu amor” (quando sabemos perfeitamente que estamos com o período, logo com mais 3centrimos de barriga). Depois de ele já ter lido mais de trezentas vezes a mesma revista com a Soraia Chaves em trajes menores, lá vem ela, a verdadeira.
Pega na mão, diz que somos a mulher da vida dele, que até já nos imaginou com um puto, (ele, que disse sempre que preferia um cão), olha-nos nos olhos, (tenta repetir a cena da novela de ontem à noite) e profere “estas preparada para dar o próximo passo da relação?”.
Ela tímida, de bochecha rosada, retrai a mão, e “preciso de ficar sozinha, vou ao Wc”.
Liga à amiga, liga à esteticista a marcar depilação para ontem, liga à mãe a avisar que vão fazer um trabalho para a escola, liga para a loja para substituir o soutien e as cuecas “da avó” com a Mafalda no rabo por aquela lingirie vermelha, liga para o pai para a vir buscar, liga-lhe “amanha, espero por ti!”
Estas coisas tem que ser avisadas com uma certa antecedência, uma pessoa tem necessidades. Não é chegar ali, quando a já se estiver no aperto e pegar na mãozinha e pronto!
Não homens, ou lá o que são, não, nós não estamos com o período, nem temos medo do São Bernardo, não, não queremos ir de branco para a igreja (até porque o branco esta fora de moda), nem faltamos às aulas praticas, só “não estamos preparadas”, temos pelo a mais e uma Mafalda no rabo!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Estás preparada para dar o próximo passo na relação?"

Tradução: "Já estou farto de bater umas"
Repare-se no desespero atingido por um ser humano do sexo masculino quando faz esta pergunta. Veja-se lá, interromper um momento que se imagina quente, com os corpos em ebulição, provavelmente com alguma roupa já a substituir o tapete em forma de estrada no embelezamento do chão para dizer nove (nove!!!) palavras, algumas delas com três ou mais sílabas.
E aquelas pobres almas que até já aprimoraram a técnica do auto consolo com a mão esquerda, tal era o uso e abuso que a direita sofria dia e noite, noite e dia, perante mais um recuo daquele rabo de saias que afinal nem é assim tão boa. E aqueles coitados que lhes rastejam aos pés, sem que esse rastejo seja coincidente com uma fantasia daquelas que, dizem-nos, só em filmes de qualidade duvidosa, seja pelo argumento fraco em palavras, forte em gemidos ou pelo aspecto dos actores, todos eles com qualidades físicas capazes de colocar a selecção olímpica do Botswana a corar de inveja (e não é fácil um preto corar).
Homens, juntem-se neste apelo: Se é só para beijinhos, tenho a minha mãe!